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terça-feira, 23 de junho de 2009

“Piloto automático pode ser desligado durante uma turbulência”, adverte piloto

O desaparecimento do avião que fazia o trajeto Rio-Paris, da Air France, no Oceano Atlântico, no último dia 31 de maio, deixou medo e dúvidas nos passageiros. Afinal, quais são as dificuldades encontradas durante um voo e o que o piloto pode fazer em um momento como este? Para tentar entender melhor o tema, o TIN conversou com exclusividade com o piloto Gerson Silva, de 36 anos, e que tem 17 de experiência.

Um Airbus, como no caso do voo 447, ou outro tipo de aeronave, pode estar sujeito a problemas, como qualquer meio de transporte. E a turbulência é considerada uma das “vilãs” para quem está acostumado com o ar.

O piloto automático, por exemplo, é algo que auxilia – e muito – no cotidiano do profissional. Entretanto, ao enfrentar uma turbulência, este mecanismo pode parar de funcionar. “Se o piloto estiver acima da velocidade permitida e o computador identificar a turbulência, ele vai desligar o automático, é assim que funciona”, conta Silva. E, quando isto acontece, o piloto tem que assumir imediatamente o comando da aeronave.

Existem turbulências que não conseguem ser detectadas. Outras, quando há fenômenos naturais, como as nuvens Cb (nuvens de trovoada; base entre 700 e 1.500m, com topos chegando a 24 e 35 km de altura, sendo a média entre 9 e 12 km), o radar meterológico consegue captar. De acordo com o piloto, o problema é quando o avião entra em contato com uma nuvem. “Dentro da nuvem, todo ar é instável”, diz.

Silva explica que, dentro de alguns tipos de nuvens, há muito gelo. “São pedras de gelo muito grandes”, conta. Lá, como o ar é instável, o avião pode inclusive ser derrubado. No entanto, o piloto não pretende alarmar os passageiros. “Um avião é preparado para a turbulência, geralmente podendo agüentar sete metros para cima e para baixo. No caso das nuvens Cb, o que pode acontecer é uma pedra de gelo bater no pára-brisa do avião e danificar alguma outra parte”, diz.

Para Silva, os pilotos têm a obrigação de tentar tudo até o fim, quando uma dificuldade aparece subitamente. Um grande problema é quando há o rompimento de alguma parte do avião. “Neste caso, a situação fica mais complicada”, admite.

Na opinião do piloto, a revisão obrigatória que o avião faz não influencia diretamente nos problemas do voo. Cada aeronave é inspecionada periodicamente dependendo da sua hora de voo, do percurso, pousos e decolagens e o fabricante fica responsável por determinar estes fatores. O que prejudica mais, segundo Silva, são os problemas externos, que, em muitos casos, não podem ser previstos antes de uma viagem.

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A matéria foi escrita por mim e está originalmente no seguinte endereço: http://www.transporteideias.com.br/2009/06/23/%E2%80%9Cpiloto-automatico-pode-ser-desligado-durante-uma-turbulencia%E2%80%9D-adverte-piloto/

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pedestres terão privilégios em Nova York

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, sonha com a cidade sem automóveis. O político quer transformar a maior metrópole dos Estados Unidos em um lugar ecologicamente correto. Para isso, Bloomberg já começou uma campanha veiculada na televisão, visando sua candidatura para 2010.

De acordo com o jornal “O Globo”, o prefeito quer diminuir o tráfego de veículos em pelo menos 30% até 2013. Um dos planos de Bloomberg é transformar a Times Square em um espaço destinado exclusivamente aos pedestres. O lema da campanha é “Nova York verde”.

O prefeito já determinou que nos fins de semana de verão os trechos da Park Avenue, no Upper East Side, serão fechados para que nenhum carro passe. Também já existem em Nova York as chamadas “ilhas pedestres” em alguns pontos da cidade, como no Meatpacking District, Dumbo e nas cercanias da Water Street.

Bloomberg não quer apenas reduzir a emissão de gases poluentes em 30%. O político também tem o objetivo de plantar um milhão de árvores, obrigar condomínios e empresas a seguirem novas regras de economia de energia e de água, além de incentivar alternativas de energia.

Para que tudo isto funcione, o prefeito quer que os nova-iorquinos deixem o carro de lado e passem a utilizar o metrô com mais frequência. Uma nova mentalidade para uma nova cidade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Vela diminui gastos e poluição em navios cargueiros

A crise financeira mundial e o combate à poluição fazem com que o ser humano busque alternativas. Algumas soluções são encontradas no passado, como no caso do navio à vela – uma técnica milenar que ajuda na redução dos gastos com energia.

Na Alemanha, um navio cargueiro que leva 30 mil toneladas a bordo (equivalente a 700 carretas), tem o auxílio de uma vela, a 300 metros de altura e que muito se assemelha a um parapente. A estrutura, do tamanho de uma quadra de basquete (15m x 28m), é feita de um nylon ultra-resistente.

A vela funciona como uma asa de um avião e é controlada por piloto automático, podendo ser ligada ou desligada de acordo com as condições do tempo. Ela assume 20% da força que o navio faz para andar para frente em alto-mar, em uma velocidade média de 27 km/h.

A força da natureza ajuda não só na redução de energia, mas também na economia de dinheiro. Em uma viagem entre Alemanha e o Brasil, por exemplo, um navio cargueiro gasta 300 mil litros de óleo diesel, em média. Com o auxílio do vento, este mesmo navio chega a economizar 60 mil litros de combustível, evitando assim a emissão de 200 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

O inventor deste mecanismo, o engenheiro alemão Stefan Wrage, contou que teve a ideia aos 15 anos, empinando pipas. Oito embarcações da Alemanha já receberam as velas. A expectativa é equipar 250 navios anualmente em todo o mundo.

Cada vela custa o equivalente a R$ 5 milhões. Apesar de o valor parecer ser muito alto, os capitães dos navios afirmam que o custo é recuperado após 50 viagens transatlânticas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Rio na vanguarda do transporte: criação do "trem-chicote"

Na mesma semana em que soubemos que o projeto do Transporte de Alta Velocidade (TAV) entre Rio de Janeiro e São Paulo irá custar mais US$ 3 bilhões do que o programado inicialmente, nos espantamos com o que aconteceu na zona norte do Rio, em Madureira. Imagens gravaram o momento em que agentes da SuperVia, concessionária que administra os trens, agrediram passageiros com chutes, socos e chicotadas improvisadas, na quarta-feira pela manhã. Estaria o Brasil entrando na frente de todos os outros países e, antes do trem-bala, lançando o "trem-chicote"?

Ironias à parte, o problema é sério. Os funcionários da SuperVia afirmam que alguns passageiros estariam bloqueando as portas, impedindo-as de fecharem automaticamente, enquanto outros usuários viajavam no teto dos vagões. Verdade ou não, isto não é motivo de agressão física. O presidente da empresa em questão pediu desculpas publicamente aos passageiros no dia seguinte pelo ocorrido, inclusive em mensagens gravadas veiculadas nos trens.

Por meio de nota, a concessionária assumiu a responsabilidade sobre os atos de violência e garantiu que vai revisar os métodos de treinamento das equipes de vigilância dos terminais. Inicialmente, os funcionários agressores foram afastados e posteriormente demitidos. De acordo com a Secretaria estadual de Transporte, a ordem demissão teria vindo do governador Sérgio Cabral.

Cabral também criticou os serviços da SuperVia, na quinta-feira, ao sair do Fórum Econômico Mundial da América Latina, no Rio. O governador comentou que o dinheiro empregado tem sido mal gasto e os vagões têm funcionado precariamente.

A sugestão e o mais sensato, a meu ver, foi o comentário final de Cabral, que é preciso fortalecer o sistema de trens, metrôs e barcas. A violência dos agentes da concessionária que administra os trens do Rio de Janeiro não tem explicação e nem poderá ter argumentos. Entretanto, o estado, assim como o Brasil, carece de uma melhor atenção no que diz respeito ao transporte público.

domingo, 19 de abril de 2009

O Papão

por Guerra Junqueiro (1850-1923), poeta português:

As crianças têm medo à noite, às horas mortas,
Do papão que as espera, hediondo, atrás das portas,
Para as levar no bolso ou no capuz dum frade.
Não te rias da infância, ó velha humanidade,
Que tu também tens medo ao bárbaro papão,
Que ruge pela boca enorme do trovão,
Que abençoa os punhais sangrentos dos tiranos,
Um papão que não faz a barba há seis mil anos,
E que mora, segundo os bonzos têm escrito,
Lá em cima, detrás da porta do infinito!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pai martela celular da filha após receber conta astronômica

Esta é boa: o norte-americano Gregg Christoffersen não pensou duas vezes ao se deparar com a conta de celular da filha, de mais de US$ 4.700 (aproximadamente R$ 10 mil). O pai pegou o aparelho e martelou-o até ser destruído completamente.

Dena, a filha de 13 anos, sequer reclamou. Ela diz que se sentiu muito mal, mas que aprendeu a lição.

Gregg Christoffersen descobriu que Dena havia enviado cerca de 10 mil mensagens, algo bem absurdo. O pai ainda explicou que, na escola, as notas da filha pioraram muito em um curto período de tempo.

E você? O que você faria após receber uma conta de R$ 10 mil do celular do seu filho?

terça-feira, 31 de março de 2009

O futuro do jornal impresso

A tecnologia afeta a vida de todos os seres humanos, disto ninguém mais duvida. Nosso cotidiano está repleto de aparatos e, diante deste fato, o jornalismo impresso ainda resiste, mas não sabemos por quanto tempo. Segundo o professor de Mídias Globais da PUC-Rio, Luiz Léo, não há possibilidade de o jornal de papel ser extinto. Para ele, o periódico que nós conhecemos passou por diversas transformações até chegar ao modelo atual, e tem espaço para se modernizar ainda mais.

O professor explica que as novas tecnologias têm o papel de produzir e circular notícias assim como acontece no jornalismo impresso, mas contam com algumas características mais interessantes, como a instantaneidade e a interatividade, por exemplo. Estes fatores, no entanto, não seriam propriamente uma ameaça ao jornal de papel. De acordo com Léo, a experiência sensorial em folhear as páginas e de conseguir deslocar todas as notícias contidas em uma edição para onde quiser e poder dobrar, recortar e reler, ainda é o diferencial.

A jornalista Marcella Vieira, da Agência Rio, vai além: as reportagens do jornal impresso, segundo ela, contam com uma apuração mais produzida do que qualquer outro tipo de veículo e oferece um produto final “imbatível”, mais cuidadoso e zeloso do que o que costumamos ler na internet, por exemplo.

Léo partilha da opinião de que o que as novas tecnologias fazem nos dias de hoje não interferem propriamente no jornal impresso em si, mas na forma em que ele é feito, isto não só no Brasil, mas também em todo o mundo.

- A palavra escrita perde força velozmente, em razão de um certo imperativo das imagens, movimento este fielmente traduzido pelo ditado popular: "mais vale uma imagem do que mil palavras". Lamentavelmente, este "paradigma" invadiu o universo do texto, da palavra escrita, provocando severos danos. O principal deles: o empobrecimento dos conteúdos, que se já eram superficiais, quando permeados por imagens, ganham um caráter ainda mais volátil, simplório e evasivo – explica o professor.

Segundo Léo, o jornalismo impresso de hoje está muito mais visual do que propriamente textual, há mais espaço para imagens, sejam elas relativas a notícias ou até mesmo a propagandas. O professor cita que o aprofundamento da crítica está sendo suprimido, dando lugar a um tipo de conteúdo mais simples e imediatista, que em certas ocasiões pode ser também classificado como superficial.

Já Marcella argumenta que a mídia impressa no país carece de variedades e cita apenas O Globo, a Folha de S. Paulo e o Estadão como jornais tidos como nacionais.

- Os jornais locais, como Zero Hora, O Dia, Estado de Minas, entre outros, produzem bons conteúdos, entretanto, mais direcionados a uma determinada parcela da população que ele (jornal) abrange naquela determinada cidade – comenta.

O Brasil está na mesma situação dos outros países em relação ao futuro do jornal impresso, de acordo com Luiz Léo. Ele enumera alguns fatores que são de ordem mundial, como, por exemplo, o alto custo dos meios impressos e o escasso bem que é o papel, e explica que as revistas e jornais só se mantêm por conta da publicidade.

Para o professor, o perfil dos leitores do jornal impresso está mudando conforme as transformações vão acontecendo.

- A população, de uma maneira geral e não só a brasileira, tem tido mais acesso à educação nos últimos séculos, o que, em regra capacita-nos a conviver mais proximamente com a palavra escrita. A equação parece simples: população mais letrada, mais acesso a conhecimento e melhora dos conteúdos, já que se passaria a exigir mais dos meios. Na prática, no entanto, existem outros dados que se somam a esta conta: a perda de poder aquisitivo torna a informação um bem supérfluo, a despeito de o indivíduo estar mais apto a consumi-lo. Por outro lado, aqueles que se encontram num patamar de educação mais elevado e dispõe dos recursos financeiros para consumir a informação impressa, são sucessivamente confrontados pelas ofertas e o enorme poder de sedução que despertam as novas mídias e acabam abandonando os meios mais tradicionais – esclarece.

Marcella também concorda que as transformações na sociedade têm refletido diretamente no jornalismo impresso. A jornalista ressalta a importância de o jornal manter sua identidade diante de tantas mudanças que ocorrem no mundo.

- Acredito que para qualquer jornal que pretenda ser minimamente sério, a questão da identidade tem que estar ligada diretamente com a boa oferta de conteúdo e com a confiança que se quer passar para o leitor. O jornal pode mudar de visual e de jornalistas, mas jamais poderá perder a sua identidade – conclui.

quarta-feira, 4 de março de 2009

"Brothers and Sisters"

Após ter visto todas as temporadas de "A Sete Palmos" ("Six Feet Under", em inglês), fiquei "órfão" de série. Queria assistir uma, qualquer que fosse, mas do início. Tentei ver "Dexter", cujo personagem principal, interpretado por Michael C. Hall, é David Fisher em "Six Feet Under". Entretanto, não gostei muito... esperava mais. Foi aí que surgiu "Brothers and Sisters".

O espanto foi maior no primeiro capítulo. Sarah Griffiths, a polêmica e pertubada Brenda, de "A Sete Palmos" é uma das personagens principais. Gostei logo de cara! Para quem não sabe, aí vai um resumão da série: a trama gira em torno dos Walker e da empresa Ojai Foods, administrada pela família. O patriarca William morre logo no primeiro episódio. A mãe, que se chama Nora, é vivida por Sally Field, que terá que segurar a barra com seus cinco filhos já crescidos: Sarah, Kitty, Tommy, Kevin e Justin. O irmão de Nora, Saul, a ajudará nesta difícil missão.

Não pretendo resumir mais do que isso. A série com certeza merece ser vista por todos, sem exceção. É algo que agrada a gregos e troianos, sem sombra de dúvidas.

Quer conhecer? Ficou curioso? Segue uma "promo" abaixo:

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Adeus, "Six Feet Under"

"A Sete Palmos" ("Six Feet Under") foi com certeza uma das melhores séries feitas até hoje. Quem garante isto não sou eu, mas a crítica como um todo, além dos milhões e milhões de fãs. Pude acompanhar esta maravilha durante o mês de janeiro até o início de fevereiro, e garanto: vai ser difícil existir uma série tão boa quanto esta.

A quinta e última temporada, que acabou em 2005, é a mais triste de todas. Prefiro não entrar em detalhes, mas o antepenúltimo episódio consegue emocionar qualquer um. O último então, nem se fala, mais precisamente os últimos seis minutos.

Nesta última sequência não há diálogos, somente a música (belíssima) "Breath me", da Sia. Ficou curioso? Confira abaixo! Não recomendo para os que não viram a série.



Mais informações no imdb.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

"Janta" - Marcelo Camello e Mallu Magalhães

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade

Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that i'm sad
I'll take a ride in melodies and bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together

Cause i can forget about myself, trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
And please my day
I let you stay with me if you surrender

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
(I can forget about myself trying to be everybody else)
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
(I feel all right that we can go away)
Pode ser a eternidade má
(And please my Day)
Eu ando sempre pra sentir vontade.
(I'll let you stay with me if you surrender)