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terça-feira, 31 de março de 2009

O futuro do jornal impresso

A tecnologia afeta a vida de todos os seres humanos, disto ninguém mais duvida. Nosso cotidiano está repleto de aparatos e, diante deste fato, o jornalismo impresso ainda resiste, mas não sabemos por quanto tempo. Segundo o professor de Mídias Globais da PUC-Rio, Luiz Léo, não há possibilidade de o jornal de papel ser extinto. Para ele, o periódico que nós conhecemos passou por diversas transformações até chegar ao modelo atual, e tem espaço para se modernizar ainda mais.

O professor explica que as novas tecnologias têm o papel de produzir e circular notícias assim como acontece no jornalismo impresso, mas contam com algumas características mais interessantes, como a instantaneidade e a interatividade, por exemplo. Estes fatores, no entanto, não seriam propriamente uma ameaça ao jornal de papel. De acordo com Léo, a experiência sensorial em folhear as páginas e de conseguir deslocar todas as notícias contidas em uma edição para onde quiser e poder dobrar, recortar e reler, ainda é o diferencial.

A jornalista Marcella Vieira, da Agência Rio, vai além: as reportagens do jornal impresso, segundo ela, contam com uma apuração mais produzida do que qualquer outro tipo de veículo e oferece um produto final “imbatível”, mais cuidadoso e zeloso do que o que costumamos ler na internet, por exemplo.

Léo partilha da opinião de que o que as novas tecnologias fazem nos dias de hoje não interferem propriamente no jornal impresso em si, mas na forma em que ele é feito, isto não só no Brasil, mas também em todo o mundo.

- A palavra escrita perde força velozmente, em razão de um certo imperativo das imagens, movimento este fielmente traduzido pelo ditado popular: "mais vale uma imagem do que mil palavras". Lamentavelmente, este "paradigma" invadiu o universo do texto, da palavra escrita, provocando severos danos. O principal deles: o empobrecimento dos conteúdos, que se já eram superficiais, quando permeados por imagens, ganham um caráter ainda mais volátil, simplório e evasivo – explica o professor.

Segundo Léo, o jornalismo impresso de hoje está muito mais visual do que propriamente textual, há mais espaço para imagens, sejam elas relativas a notícias ou até mesmo a propagandas. O professor cita que o aprofundamento da crítica está sendo suprimido, dando lugar a um tipo de conteúdo mais simples e imediatista, que em certas ocasiões pode ser também classificado como superficial.

Já Marcella argumenta que a mídia impressa no país carece de variedades e cita apenas O Globo, a Folha de S. Paulo e o Estadão como jornais tidos como nacionais.

- Os jornais locais, como Zero Hora, O Dia, Estado de Minas, entre outros, produzem bons conteúdos, entretanto, mais direcionados a uma determinada parcela da população que ele (jornal) abrange naquela determinada cidade – comenta.

O Brasil está na mesma situação dos outros países em relação ao futuro do jornal impresso, de acordo com Luiz Léo. Ele enumera alguns fatores que são de ordem mundial, como, por exemplo, o alto custo dos meios impressos e o escasso bem que é o papel, e explica que as revistas e jornais só se mantêm por conta da publicidade.

Para o professor, o perfil dos leitores do jornal impresso está mudando conforme as transformações vão acontecendo.

- A população, de uma maneira geral e não só a brasileira, tem tido mais acesso à educação nos últimos séculos, o que, em regra capacita-nos a conviver mais proximamente com a palavra escrita. A equação parece simples: população mais letrada, mais acesso a conhecimento e melhora dos conteúdos, já que se passaria a exigir mais dos meios. Na prática, no entanto, existem outros dados que se somam a esta conta: a perda de poder aquisitivo torna a informação um bem supérfluo, a despeito de o indivíduo estar mais apto a consumi-lo. Por outro lado, aqueles que se encontram num patamar de educação mais elevado e dispõe dos recursos financeiros para consumir a informação impressa, são sucessivamente confrontados pelas ofertas e o enorme poder de sedução que despertam as novas mídias e acabam abandonando os meios mais tradicionais – esclarece.

Marcella também concorda que as transformações na sociedade têm refletido diretamente no jornalismo impresso. A jornalista ressalta a importância de o jornal manter sua identidade diante de tantas mudanças que ocorrem no mundo.

- Acredito que para qualquer jornal que pretenda ser minimamente sério, a questão da identidade tem que estar ligada diretamente com a boa oferta de conteúdo e com a confiança que se quer passar para o leitor. O jornal pode mudar de visual e de jornalistas, mas jamais poderá perder a sua identidade – conclui.

quarta-feira, 4 de março de 2009

"Brothers and Sisters"

Após ter visto todas as temporadas de "A Sete Palmos" ("Six Feet Under", em inglês), fiquei "órfão" de série. Queria assistir uma, qualquer que fosse, mas do início. Tentei ver "Dexter", cujo personagem principal, interpretado por Michael C. Hall, é David Fisher em "Six Feet Under". Entretanto, não gostei muito... esperava mais. Foi aí que surgiu "Brothers and Sisters".

O espanto foi maior no primeiro capítulo. Sarah Griffiths, a polêmica e pertubada Brenda, de "A Sete Palmos" é uma das personagens principais. Gostei logo de cara! Para quem não sabe, aí vai um resumão da série: a trama gira em torno dos Walker e da empresa Ojai Foods, administrada pela família. O patriarca William morre logo no primeiro episódio. A mãe, que se chama Nora, é vivida por Sally Field, que terá que segurar a barra com seus cinco filhos já crescidos: Sarah, Kitty, Tommy, Kevin e Justin. O irmão de Nora, Saul, a ajudará nesta difícil missão.

Não pretendo resumir mais do que isso. A série com certeza merece ser vista por todos, sem exceção. É algo que agrada a gregos e troianos, sem sombra de dúvidas.

Quer conhecer? Ficou curioso? Segue uma "promo" abaixo: