Ironias à parte, o problema é sério. Os funcionários da SuperVia afirmam que alguns passageiros estariam bloqueando as portas, impedindo-as de fecharem automaticamente, enquanto outros usuários viajavam no teto dos vagões. Verdade ou não, isto não é motivo de agressão física. O presidente da empresa em questão pediu desculpas publicamente aos passageiros no dia seguinte pelo ocorrido, inclusive em mensagens gravadas veiculadas nos trens.
Por meio de nota, a concessionária assumiu a responsabilidade sobre os atos de violência e garantiu que vai revisar os métodos de treinamento das equipes de vigilância dos terminais. Inicialmente, os funcionários agressores foram afastados e posteriormente demitidos. De acordo com a Secretaria estadual de Transporte, a ordem demissão teria vindo do governador Sérgio Cabral.
Cabral também criticou os serviços da SuperVia, na quinta-feira, ao sair do Fórum Econômico Mundial da América Latina, no Rio. O governador comentou que o dinheiro empregado tem sido mal gasto e os vagões têm funcionado precariamente.
A sugestão e o mais sensato, a meu ver, foi o comentário final de Cabral, que é preciso fortalecer o sistema de trens, metrôs e barcas. A violência dos agentes da concessionária que administra os trens do Rio de Janeiro não tem explicação e nem poderá ter argumentos. Entretanto, o estado, assim como o Brasil, carece de uma melhor atenção no que diz respeito ao transporte público.